28 março 2010

24ª Jornada - Pinheirense Vs Restauradores

Sofremos 6 golos e marcamos 1 consequência óbvia perdemos o jogo - contra factos não há argumentos.
O jogo de ontem foi um daqueles jogos em que era uma mais valia para todos ser gravado porque só assim poderíamos rever a quantidade incrível de “asneiras” de quem ainda está a aprender.
A História vai se encarregar de fazer esquecer a exibição e o resultado é o que ira constar nos livros...
Mas eu como responsável da equipa gostaria de ressalvar duas situações que para mim ontem fizeram a diferença na postura da equipa:
a) Disponibilidade para aprender com os erros – A grande maioria tenta aprender com os erros e assume os erros, mas eu acredito que se podia ir muito mais alem do aprender e para isso bastava haver mais concentração nos jogos e nos treinos.
b) Disponibilidade para evoluir os índices físicos – eu não quero acreditar que rapaziada de 10/11/12anos não possam superar alguns limites que não são físicos são meramente psicológicos.

O jogo...
O jogo do nosso adversário assenta em processos simples mas cheios de objectividade, porque em cada jogada o fim é sempre a baliza e o golo. Mesmo assim e apesar do desacerto inicial e consequentes dois golos sofridos, conseguimos equilibrar o jogo, enervar o adversário (bastava ver a forma como rematavam sem nexo dos 15m e 20m) e marcamos um golo e na jogada imediatamente a seguir poderíamos ter empatado não fosse a bola ir bater caprichosamente no poste e o nosso jogador que entrava ao segundo poste ter desistido de acompanhar o lance (na minha opinião).
Em resposta sofremos o terceiro golo, cheio de qualidade na forma como foi marcado, mas com enorme responsabilidade de quem facilita na disputa de bola.
A segunda parte serviu para ver a nossa equipa a tentar chegar ao golo, contudo já não valia a pena apelar a razão porque o coração mandava mais...
Sofremos mais três golos em jogadas mais uma vez simples mas extremamente bem concretizadas, ouve um dos golos que foi todo trabalhado ao primeiro toque o que de facto é fantástico.Sem margem para duvidas o colectivo do Pinheirense é extremamente forte e se for for campeão é com mérito.

Uma observação pessoal, susceptível de varias interpretações, mas é a verdade...
Para ser campeão não basta fazer bonito e marcar muitos golos, também é importante saber “jogar no escuro” porque é incrível a forma cínica como o nosso adversário pela calada “bate”e ninguém vê... O exemplo máximo é uma joelhada extremamente perigoso dada pelo numero 9 ao nosso 10 sem qualquer motivação de corte mas sim (na minha opinião)de intimidar, limitar ou “arrumar” o jogador tendo em conta que era um elemento desequilibrante e o “toque” já era reincidente. Um toque aqui e ali podem fazer com que um jogador perca a cabeça e seja expulso, pode fazer com que se intimide e já não cumpra a tarefa dele e deixe de contribuir para a equipa.

Quando jogava o velhinho futebol de 5 já se fazia isso...por isso são livros que eu e muitos dá minha geração já leram e que para bem do desporto são perfeitamente dispensáveis.
by José Teixeira

1 comentário:

  1. De facto, também acho que era muito de muita utilidade para nós, termos alguém a filmar os nossos jogos. Podíamos com calma, rever, aprender e rectificar os nossos erros a todos os níveis, desde os atletas, ao técnico, passando pelo massagista e acabando no delegado.
    Para ser franco, (apesar de termos sido goleados), gostei da atitude da nossa equipa. Sabíamos de antemão o poderio do adversário, conhecíamos a qualidade técnica individual e colectiva de alguns jogadores, tínhamos a perfeita noção que as nossas possibilidades de vitória eram reduzidas, mas pelo que a equipa vinha fazendo nos últimos jogos, acalentou-nos algumas esperanças de ganhar.
    Entrámos no jogo confiantes, sabíamos que íamos ser pressionados logo no inicio do jogo, (em virtude da posição na tabela classificativa, o adversário queria resolver o assunto rapidamente, para depois “passear” os jogadores menos rodados), tentámos aguentar o melhor que podíamos e sabíamos o primeiro golo, tentávamos jogar em contra-ataque apoiado. Estava tudo a correr bem, até ao nosso primeiro erro individual que resultou em golo. Imediatamente a seguir, mais outro erro individual. Dois erros, dois golos, eficácia de 100% do nosso adversário. Ainda conseguimos reduzir, mas numa boa jogada colectiva, o Pinheirense faz o terceiro golo. Entramos para o intervalo a perder por três a um, mas com a consciência que nos batíamos de igual para igual com o adversário. Quero ressalvar, que tivemos uma bola ao poste, e uma jogada cortada pelo árbitro para terminar a primeira parte, quando o nosso jogador se encaminhava isolado para a baliza. Houve aqui um excesso de rigor que favoreceu o adversário.
    Na segunda parte, a maior experiencia do adversário e os nossos erros individuais, (mais uma vez), ditaram o resultado final.
    Em termos tácticos, a equipa esteve bem, houve união, espírito de grupo, houve uma entrega total e incondicional de todos, infelizmente isso por si só não foi suficiente. Cada qual com o seu desgosto e todos com a mesma pena.
    Parabéns ao Pinheirense, que tem uma boa equipa, consegue substituir jogadores sem quebrar o ritmo do jogo. E isso é muito importante numa equipa que luta pelos primeiros lugares, ter jogadores no banco com capacidade de mexer no jogo e até no resultado.

    Mister, no jogo com o Arreigada, passou-se a mesmíssima coisa. Nós é que ainda não aprendemos a jogar por “baixo da mesa”, falta-nos saber atirar a pedra e esconder o braço.
    Não podemos nunca, é reagir da forma extemporânea como o temos feito até aqui. Temos de encarar este tipo de actuação como parte integrante do jogo. Pequenos toques que desequilibram o jogador, faltas cirúrgicas que matam à nascença contra-ataques perigosos, intimidar o adversário com palavras e gestos grosseiros, tudo isto já sofremos na pele. No entanto, não aprendemos nada, vamos continuar a ser os “meninos de coro” do campeonato, e simultaneamente somos apelidados de arruaceiros com mau perder, devido ao comportamento irracional de alguns atletas.
    Mister, você tem de incutir nos seus atletas capacidade de discernimento, eles têm de ser capazes de controlarem os seus impulsos primários. Não podem responder com violência a uma situação “ normal” num jogo de futsal. Há que saber gerir as emoções durante o jogo, porque quem não possuir frieza de raciocínio nas alturas de grande pressão, tem pouca utilidade dentro desse jogo.

    BOM TRABALHO.

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