20 dezembro 2009

12ª Jornada - Restauradores Vs Torrão

Eu já disse mais do que uma vez e já devo ter escrito centenas de vezes o que agora e novamente vou repetir…
“A FORMA COMO TREINAMOS É A FORMA COMO JOGAMOS”
Não adianta dizer que a culpa é de A, B ou C, importante é compreender que há situações extra futsal que estão a influenciar alguns atletas, e que sem substituir “ninguém” cabe-nos a tarefa de colaborar na procura de soluções.
Não adianta punir por punir, ralhar por ralhar…
Por isso aqueles que acham que deveria ser mais rigoroso, mais duro, mais implacável têm de ler mais, estudar mais sobre a forma de lidar com uma criança e em alguns casos pré-adolescentes.
De qualquer modo vi nesta semana demasiado facilitismo, demasiado desleixo.
Consequência, ou se quiserem resultado:
Chegamos a este jogo francamente mal em termos tácticos e técnicos. O nosso adversário tinha estampado no rosto “o querer ganhar”… sentíamos todos que estavam ali para dar luta e para vencer.
Incompreensivelmente, há coisas treinadas mil vezes que incompreensivelmente não saem quando tem de sair.
Agora uma observação, alguns adeptos pediam para fazer pressão alta ou então gritavam “marca em cima”.
Meus amigos… a pressão alta implica ter em campo jogadores velozes e uma enorme noção de posicionamento da 2ª e 3ª linha, porque se eventualmente acontece-se um espaço demasiado grande entre as duas linhas podia ser aproveitado pelo nosso adversário para entradas nas costas da segunda linha sem que houvesse as devidas compensações da nossa parte.
Pelo meio temos de ver as coisas nesta perspectiva: o ataque do nosso adversário estava a ser tendencialmente feito por trocas nas alas com tentativas de finalização ao segundo poste, como estávamos a defender a zona (estamos a tentar) o nosso adversário tinha muita dificuldade em fazer o seu jogo consequência foi o uso da meia distância.
Felizmente para nós a equipa não fez ouvidos aos treinadores de bancada!
Na segunda parte com a entrada do “Levezinho” ganhamos velocidade e capacidade de construção de jogo e desde logo vimos a diferença.
Apesar de eu saber que há muito a fazer no que diz respeito a engrenagem de algumas peças e a nítida quebra de forma de um ou outro elemento.
Como este foi o ultimo jogo do ano lanço a minha opnião sobre cada um...
“Gato” – Jogar como GR avançado é uma enorme possibilidade, contudo é urgente recuperar a tua forma física e preparar o teu regresso.
João “Grande” – a tua evolução tem sido formidável, contudo temos de trabalhar um pouco mais algumas situações porque ninguém aprende tudo em meia dúzia de meses.
Jorge - eu só queria que te libertasses porque tu podes vir a ser muito melhor basta quereres.
Cristiano - se não fosses tão, tão pessimista podias ser muito melhor, tens pormenores de qualidade contudo esbarras sempre porque não acreditas em “TI”
Nuno Paulo – porque é que andas a dar musica ao teu treinador? Fazes treinos em que pareces dominar o jogo como ninguém e nos jogos perdes as tuas qualidades com os nervos… Mas podes querer que “Eu” acredito no teu potencial!
Eduardo – tens tudo para evoluir muito, tens é de concentrar mais e evoluir na forma como tratas a bola, porque não basta saber destruir tens de apreender a construir.
Miguel Ângelo - a par do João “Grande” acho que foste o jogador que mais evoluiu, sinto em ti que podes ir longe basta não te perderes em brincadeiras inúteis nos treinos e acreditares quando te digo que a tua oportunidade esta próxima.
“Rafa” – podias fazer muito melhor se não te perdesses em ideias como “ele não passa também não passo” é que isso está a prejudicar o teu jogo, e como um dos mais velhos tens tudo para fazer mais e melhor a nível de grupo.
Gelson – eu acreditava muito que este ia ser o teu ano… mas há coisas que são mais fortes… a estrelinha está sempre lá.
Diogo – as vezes merecias uns valentes raspanetes a tua sorte é seres trabalhador e dedicado. Para seres melhorares muito junta á tua raça um pouquinho de concentração.
“Maldini” – eu fico muito, muito feliz por teres acreditado em mim… só te resta duplicar o teu esforço para evoluir em algumas vertentes menos boas… mas tens de estar preparado para a luta porque concorrência é alta e não há lugares cativos.
“Levezinho” estás a crescer em alguns aspectos que eu nunca imaginei assimilares tão depressa, há momentos que te perdes contudo sei que se te esforçares e evoluíres no teu tempo de passe vais em conjunto com outro artista “Partir a louça toda”!
Rui – canhoto, forte… mas ausente! Ainda não pode ver-te a 100%.
“Morais” – chegaste com o comboio a andar e mesmo assim assimilaste muito e depressa. Tens as tuas costas o nome do teu pai contudo sabemos o que realmente importa é que ninguém é igual a ninguém e tu sabes bem que estas a recuperar bem o tempo perdido mais tarde ou mais cedo mais recolher frutos disso.
Tiago – a tua inteligência para o jogo fez com que me desses uma enorme dor de cabeça na hora de escolher. Eu só queria que fosses mais regular… mas vem ai ano novo, vida nova. Confio no teu potencial!




2 comentários:

  1. Neste ponto concordo inteiramente consigo. O jogo é uma extensão do treino, e o próprio jogo define o treino.
    Os nossos atletas devem encarar os treinos de uma forma séria e responsável, e devem ficar cientes de uma coisa: se não houver empenhamento, concentração e vontade de aprender, nunca irão evoluir como atletas!
    Custa-me muito, ver os nossos atletas desperdiçarem as reduzidas horas de treinos semanais, com brincadeiras de crianças mimadas, estão constantemente distraídos com assuntos extrínsecos ao treino, quando é solicitado aos atletas para correrem á volta do ringue, a vontade de o fazer é quase nula, correm dois ou três minutos e param, é preciso gritar para eles voltarem a correr, desperdiça-se preciosos minutos com coisas sem a mínima importância.
    Atletas! Vejam o exemplo do Cristiano Ronaldo, é o primeiro a chegar ao treino e o último a sair.
    Que eu tenha conhecimento, não há nenhum atleta que seja coagido por interpostas pessoas a treinarem neste clube, se a vontade de aqui estar é pouca e a de treinar é ainda menos, saiam do clube e deixem a vaga aberta para quem deseja realmente aprender a modalidade.
    Também concordo consigo sobre as instruções vindas a partir da bancada, só servem para distrair e confundir o atleta – este assunto já foi comentado neste blog várias vezes.
    Contudo, já não concordo consigo sobre a forma de motivar os atletas. Penso que a utilização dos epítetos aos atletas não é benéfica para o colectivo, aliás, até é perniciosa, (colectivamente a nossa equipa está muito longe dos nossos principais adversários,coisa que é perfeitamente visível a olho nú).
    Em minha opinião, os epítetos só fomentam o individualismo e a vaidade pessoal, não consegue extrair do atleta, a sua cultura de equipa, o jogar para um objectivo comum a todos, não alimenta o espírito colectivo, antes pelo contrário, fá-lo definhar. E também, não motiva o atleta para evoluir individualmente, já que, existindo um excesso de imodéstia, não vai provocar no atleta a vontade de aprender continuamente, porque aprender exige esforço, exige dedicação e humildade, e mesmo quando o atleta chega ao seu patamar mais elevado, ele tem de continuar a trabalhar afincadamente para se manter no topo
    Outro aspecto que me parece importante, e também não concordo, é forma de criticar os atletas individualmente.
    Acho que há demasiado feedback negativo, em detrimento do feedback positivo. O Mister realça demais os erros durante o jogo, e desvaloriza os momentos em que o atleta correspondeu ao que lhe foi pedido.
    A motivação em doses certas, faz aumentar o desempenho, e as repreensões excessivas diminui a performance desse atleta. Tudo tem as suas doses correctas, é como um medicamento, se for demais é prejudicial, se for de menos também é prejudicial, o mais complicado é administrar as doses certas.
    Ps: as opiniões aqui expressas são de ordem estritamente pessoal, baseadas em observações empíricas e analisadas pelo senso comum do autor, sem recorrer a conhecimentos estatísticos ou livrescos, vinculando única e exclusivamente o autor das mesmas.

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  2. De onde veio este senhor que escreveu este comentário??? Será ele o próximo Nobel da Literatura? Bem Paulo, devo dizer-te que és um homem com o dom da palavra! Só é pena andares com vontade de aconchegar os cobertores ao nosso mister Fábio!!! Brincadeira à parte, devo dizer que está excelente e perfeitamente fundamentado o teu discurso.

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